Não era esse fim que eu esperava
mas as coisas tomaram esse rumo,
ando com uma espécie de conformismo
absurdo, onde não me liberto e
debaixo dele tenho a impressão de não
sentir esperança
E eu fiquei aqui, tão eu, tão ninguém
solto no deserto de imagens imaginárias
sobre o amor, felicidade
e o caralho a quatro
tenho uma sede louca e escondida
que me brota do mais escondido de mim
do mais escuro canto meu
enlouqueço e grito pra dentro
cavo encontros frustrados em mim
oscilo entro a ilusão e o desejo
Só tenho feito três coisas esses dias
comer, dormir e foder
O que poderia me dar felicidade ja não
existe, foi-se quando não me dei conta
e aceitei o habitual e instantâneo,
procuro insaciadamente suprir
acalentados desejos obsessivos,
na tentativa de brotar felicidade
onde ja não cabe em mim
onde é só, fumaça, pó e cinza...
meu coração ja não existe!
(Celso Andrade)
domingo, 28 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
Solidão Humana
Por mais que que precise das pessoas
e a ausência doa,
hoje quero ficar no meu canto
sozinho, sentindo a respiração
Agarro a quietude e me encolho
no canto, na varanda, no quarto
solitário
onde lápis e papel é pão e água
ligo o som baixinho e arrepio-me
aos glissandos de Elza, faço um poema
pra "solidão urbana" onde não me encaixo
no mundo, perdido no quarto
brincando com palavras.
Surpreendo-me com a rapidez que
as pessoas passam do amor a raiva,
amizade a inimigo luxo a lixo
juízes do tempo e dos afetos alheios
palavras jogadas na cara, na alma
matando esperança e sufocando sonhos
com medo e desespero.
Passo o olho ao redor e percebo que
se tem passado bastante tempo
ponho reticencias no poema e dou uma
olhada na janela
Barulho de gente,
Inquietude nos lares
Onde Picasso viu beleza pra pintar o mundo...
Onde Drummond achou inspiração quando falou de amor...
Onde havia esperança em Auschwitz no dia do holocausto?
Bobagem meu caro,
termina teu poema que não há explicação
para os devaneios da mente humana.
Celso Andrade
e a ausência doa,
hoje quero ficar no meu canto
sozinho, sentindo a respiração
Agarro a quietude e me encolho
no canto, na varanda, no quarto
solitário
onde lápis e papel é pão e água
ligo o som baixinho e arrepio-me
aos glissandos de Elza, faço um poema
pra "solidão urbana" onde não me encaixo
no mundo, perdido no quarto
brincando com palavras.
Surpreendo-me com a rapidez que
as pessoas passam do amor a raiva,
amizade a inimigo luxo a lixo
juízes do tempo e dos afetos alheios
palavras jogadas na cara, na alma
matando esperança e sufocando sonhos
com medo e desespero.
Passo o olho ao redor e percebo que
se tem passado bastante tempo
ponho reticencias no poema e dou uma
olhada na janela
Barulho de gente,
Inquietude nos lares
Onde Picasso viu beleza pra pintar o mundo...
Onde Drummond achou inspiração quando falou de amor...
Onde havia esperança em Auschwitz no dia do holocausto?
Bobagem meu caro,
termina teu poema que não há explicação
para os devaneios da mente humana.
Celso Andrade
sábado, 20 de março de 2010
Intolerância
Temos cada vez mais estampado na testa das pessoas, a palavra Preconceito.
Um gesto simples como apagar uma vela, assim está preparada a mente de milhares de pessoas - que se dizem "iguais"uns aos outros - a qualquer acontecimento ou algo fora da normalidade absurda e conformada a qual chamamos de processo não natural e divino de estar trilhando os caminhos certos da reprodução para manter a vida no planeta, agindo como se fossem superiores. logo solta-se o que se tem de pior através das palavras, pondo seus sentimentos de repulsa e podridão para atacar os pobres coitados que nem um "Bom dia" trocaram.
Essa é a nossa sociedade, esse é o povo que dizemos amar, esse é o ser humano, ai está seus pais, seus familiares, amigos e conhecidos, nenhum diferente do outro, mas a mente... essa sim é intolerante.
Não pense estar fora dessa realidade, pois ele mora na sua casa, dorme ao seu lado, bebe da mesma xícara.
O preconceito e a diferença está na sua mente, em resumo, em Você!
Celso Andrade
quinta-feira, 18 de março de 2010
O silêncio foi a melhor forma que encontrei para dar respostas aos desentendimentos sem causa aparente, o sumiço perturbador, a desconfiança do caráter, a dúvida permeando pelo pensamento são assassinos moralistas, onde um passo para trás ou uma pequena falha humana, é sinônimo de perda, desespero e solidão.
Celso Andrade
segunda-feira, 15 de março de 2010
lV Motivo do poço
Tento me livrar sempre do poço, as vezes consigo, por vezes permaneço inerte a qualquer possibilidade de resgate, sei que preciso charfundar na lama da tristeza e da angústia, como qualquer falta eu sinto algo perder-se em meio ao caos do mundo, a esperança segurando minha mão, e o que faço é esperar qualquer possibilidade de retorno, se houver voltarei com toda carga afetiva que guardo e me escondo no poço onde posso senti-la, onde ninguém sabe, nem me vê, é lá que sei o quanto somos frágeis a ponto de acordarmos e olhar o horizonte com um certo encantamento, e perceber no rosto e nas palavras das pessoas o nada, a solidão tão nítida disfarçada com uns goles d'água pela manhã, um beijo a tarde e um sorriso na hora de deitar. Eu sei que permaneço no habitual mundo que não escolhi, mas que vivo e tento encontrar o meio mais singelo de chegar ao contentamento, por mais que difícil seja, tento e saio do poço , as vezes fraco, raivoso, angustiado ou cheio de esperança e força, sei que a vida continua, e não desistimos, arduamente permaneço em mim...
Celso Andrade
domingo, 14 de março de 2010
sábado, 13 de março de 2010
Encontrei na arte minha incompletude
minha paixão pela vida se deu sempre
pelas cores, pelo traço, pelo movimento,
pelo som
pela não formalidade com que
administro sentidos.
Misturo metáforas com abstracionismo
transformo acordes em esculturas.
Admiro a sensibilidade como quem
cuida dos detalhes
do invisível
cada transformação do rústico em
frágil e cheio de vida.
Celso Andrade
quinta-feira, 11 de março de 2010
(vivemos rodeados de mentes confusas com o gatilho preparado para a próxima presa)
O que sei sobre o amor, se não tive oportunidade na vida, apenas algumas paixões passageiras me acalentaram, existem pessoas bonitas, sexy e charmosas, mas não brilhantes.
Somos sempre duelados a sermos bons de cama, as pessoas entram em um relacionamento e não sabem o que querem, e nunca sabemos se é real seus sentimentos, deveríamos ser correspondidos pelo menos uma vez na vida ao primeiro amor.
Se sei que estou sendo amando, e a pessoa se mostra "fácil", logo faço algo para a afastar, esse é o pensamento atual das mentes que precisam saciar uma sede inexistente.
vivemos rodeados de mentes confusas com o gatilho preparado para a próxima presa, perdemos nossos valores, para as coisas fúteis a qual não sabemos o que é, nem quem são.
Há uma moda nos finais de relacionamentos chamada silêncio e falta de maturidade, não é preciso tempo nem dinheiro para perceber que as pessoas teem seu valor e que seus sentimentos precisam ser respeitados.
Quanto mais globalizados ficamos, mais regressamos afetivamente, quando deveria ser ao contrário, amaremos melhor com a maturidade no futuro, e não ficarmos espreitando para os lados sem saber de onde virá a próxima traição, ou em uma relação onde um diminua para que o parceiro mostre o quanto é nobre e sensato.
Afinal de contas para que serve o Ego, a não ser para nos acompanhar ao precipício moral e desumano, onde estaremos sempre só.
Celso Andrade.
Somos sempre duelados a sermos bons de cama, as pessoas entram em um relacionamento e não sabem o que querem, e nunca sabemos se é real seus sentimentos, deveríamos ser correspondidos pelo menos uma vez na vida ao primeiro amor.
Se sei que estou sendo amando, e a pessoa se mostra "fácil", logo faço algo para a afastar, esse é o pensamento atual das mentes que precisam saciar uma sede inexistente.
vivemos rodeados de mentes confusas com o gatilho preparado para a próxima presa, perdemos nossos valores, para as coisas fúteis a qual não sabemos o que é, nem quem são.
Há uma moda nos finais de relacionamentos chamada silêncio e falta de maturidade, não é preciso tempo nem dinheiro para perceber que as pessoas teem seu valor e que seus sentimentos precisam ser respeitados.
Quanto mais globalizados ficamos, mais regressamos afetivamente, quando deveria ser ao contrário, amaremos melhor com a maturidade no futuro, e não ficarmos espreitando para os lados sem saber de onde virá a próxima traição, ou em uma relação onde um diminua para que o parceiro mostre o quanto é nobre e sensato.
Afinal de contas para que serve o Ego, a não ser para nos acompanhar ao precipício moral e desumano, onde estaremos sempre só.
Celso Andrade.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Para dias ócios
Ferrugem, brasa, fumaça...
Sou um homem alegre,
pois não sofro de amor
Sofrimento é sentir alegria,
sentir alegria é perigoso
e eu sofro
por estar enferrujado para amar
depois de está tanto tempo alegre
Brasa, fogo, alvoroço
nada que toque meu pobre e velho coração,
furtivamente
só sinto alegria
Nada mais que essa quietude que
me prende no ócio das paixões
ah, as paixões...
tão breve, tão viva, tão fugaz,
que nem a alegria suporta os grilhões
que a prendem
Sou um homem lúcido, emaranhado
de sentimentos, balbuciando minha
sentença: ser alegre com ou sem amor
Ah, Alegria...
PS: Amor
Celso Andrade
Sou um homem alegre,
pois não sofro de amor
Sofrimento é sentir alegria,
sentir alegria é perigoso
e eu sofro
por estar enferrujado para amar
depois de está tanto tempo alegre
Brasa, fogo, alvoroço
nada que toque meu pobre e velho coração,
furtivamente
só sinto alegria
Nada mais que essa quietude que
me prende no ócio das paixões
ah, as paixões...
tão breve, tão viva, tão fugaz,
que nem a alegria suporta os grilhões
que a prendem
Sou um homem lúcido, emaranhado
de sentimentos, balbuciando minha
sentença: ser alegre com ou sem amor
Ah, Alegria...
PS: Amor
Celso Andrade
domingo, 7 de março de 2010
Partir
Ao som de: Stanley Jordan - ("Stairway to Heaven")
O último contato
é sempre terrível...
não há quem o esqueça.
O último olhar,
diferente daquele
com que fomos recebidos.
O brilho dos olhos,
mas, da última gota
de lágrima que esvanece.
O último som que se recorda,
não o jazz habitual dos dias de sábado,
mas, o bater da porta.
Esgotam-se as palavras...
sobraram apenas
soluços, raiva e tristeza.
Celso Andrade
O último contato
é sempre terrível...
não há quem o esqueça.
O último olhar,
diferente daquele
com que fomos recebidos.
O brilho dos olhos,
mas, da última gota
de lágrima que esvanece.
O último som que se recorda,
não o jazz habitual dos dias de sábado,
mas, o bater da porta.
Esgotam-se as palavras...
sobraram apenas
soluços, raiva e tristeza.
Celso Andrade
sexta-feira, 5 de março de 2010
Criação
Nos mais seco dos dias
embebedo-me de versos,
experimento rimas
transbordo poemas.
Molho tudo,
escorrego pelo dicionário,
esbarro na estante
onde um verso de
Drummond me incita:
(Não há criação nem morte
perante a poesia).
Lavo-me das coisas que
Trevissan um dia me influenciou,
enxugo-me em folhas brancas,
onde ao gotejar final,
nasce um poema.
à Jenifer C.
Celso Andrade
embebedo-me de versos,
experimento rimas
transbordo poemas.
Molho tudo,
escorrego pelo dicionário,
esbarro na estante
onde um verso de
Drummond me incita:
(Não há criação nem morte
perante a poesia).
Lavo-me das coisas que
Trevissan um dia me influenciou,
enxugo-me em folhas brancas,
onde ao gotejar final,
nasce um poema.
à Jenifer C.
Celso Andrade
quinta-feira, 4 de março de 2010
Para um amor que não ja não existe
Duas palavras e um gesto,
apenas...
o amor acaba,
como se não existisse razão
para as coisas incomum.
Quantas vezes terei
que matar meu ego
para suscitar o amor
que deixei cair da ribanceira?
Quantas vezes escondi minha moral,
e deixei que o sentimento
falasse mais forte
que a razão?
Sempre que for preciso,
pisarei no meu espírito
de nobreza
e não deixarei que o amor
sucumba,
a exaltação do ego.
Celso Andrade
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