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sábado, 13 de novembro de 2010

Para os excessos da convivência

Ah! quem diria, os excessos..
O silêncio na hora errada
ao invés do beijo alegre.

Quem diria amor,
você assassinado pelo ego
ferido por uma chaga antes nunca visto.

Hoje, é a concretização do futuro que não foi,
do que não se sonhou.

Hoje só a fuga,
o retrato não tirado amarelando no canto da alma.
a juras caladas na imensidão do incompreensível.
De tantos anseios amor não mais te recordarei,
mais acordo do sonho,
do irreal das relações que nos solapam até a fome,
à nostalgia em compartilhar o outro lado da cama.

Quem encontramos ao relento dos dias nem reparará
na nossa face o esplendor e a doçura de uma convivência estragada.
Ao que encontrar, pedirei que peça prece num antro religioso.
tomarei o ombro e dele farei aparar o pranto não derramado,
dele farei confessionário, mesmo sabendo da impossibilidade de cura.


(Celso -Eu )

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