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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Só, como se nunca estivesse...


Meus amigos recebem flores, 
beijos e livros.
Eu recebo nãos, 
ausências 
......
e fugas.


 (Celso Andrade)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Pequenos abandonos..


E depois que você se reduz a apenas uma mesa de bar solitária com amigos, dias inteiros em casa quem sabe, livro na mão para não sofrer um acidente fatal de tanto ócio, você não liga ou tem vontade de esperar na porta de casa ao chegar do trabalho, mais depois que você se reduz a algumas palavras como: Sou fraco por precisar da compreensão do outro, do abraço do outro, do outro tudo que já tornou prisioneiro dos pequenos detalhes, como: a mesma marca do carro, o restaurante frequentado. E sabe essa coisa de tempo que todo mundo fala, que vai passar e o cara lho.. não passa! Não muda! você se esforça para esquecer, vira psicólogo do próprio coração, e esse tempo pode ser uma vida inteira, já que não se sabe nunca quanto tempo os detalhes não mais te matarão dias a fora.
Tudo que preciso é te matar dentro de mim.


(Celso Andrade)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ah, quem me dera


Sentir,
quem me dera não ser assim
Conceber urgente o fogo outra vez,
outra vez sentir lentamente a chama
Fixar o calor da cama, o cheiro no sofá
Cruelmente mastigar cada beijo
Vãos anseios do homem
Ah, quem me dera
Só,
o amor adentrar.


(Celso Andrade)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011


Tudo tornou-se confuso
Virou solidão aparente
Tudo é tão pronunciado
silenciosamente em mim
que vira canção.

Aos desconhecidos
só lhes restam um punhado
de sensatez e palavras duras.

Me fecho numa tentativa
de segurar o fio antes de arrebentar
antes de enlouquecer,
antes mesmo de me doar ao acaso.


(Celso Andrade)