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terça-feira, 26 de junho de 2012



Ah! Se me deixassem flores,
como deixam pedras na porta de casa.

Na minha rua não tem estação definida,
então me invento na madrugada,

Foi o que deixaram pra mim.

E do silêncio,
Renasço porque morro todo dia.


Celso Andrade

terça-feira, 12 de junho de 2012


No escuro vejo,
te vejo
Nos enxergo
num futuro-presente
ausência,
escorre devagar para não chegar logo o
presente-futuro
sem
ninguém.
Nós, eu e eu.


Celso Andrade


domingo, 10 de junho de 2012

Ao que é bom e doce, a vida, ao amor!


Acordar ouvindo tua respiração,
assim como respira o mar pelas ondas,
sussurros, vai e vem estamos grudados em pele.

Breve, pulsa no meu peito o seu coração quieto da noite,
então espio pra ver se já é manhã, mas você ainda dorme.

E eu volto a dormir pensando como é não ter saudade.

Nada que perturbe a quietude, ondas você ainda respira
e me afogo também em outro sono, quem sabe nos encontramos
no sonho do outro um futuro que não se pode findar.

E antes que nos acorde o sol, deitados nos abraçamos com frio.


Celso Andrade

segunda-feira, 4 de junho de 2012



E eu te conto os meus sonhos,
neles as minhas verdades
meros escritos no tempo.

Você,
eu
ninguém mais sabe.

Não pensamos quando olhando o alto
e lá estamos.

Juntos quem sabe
pelo beijo ou abraço
de entrega,
pela cumplicidade..


a   J. Sampaio  (que me faz melhor)


Celso Andrade