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sábado, 25 de junho de 2011

Qualquer caminho é melhor quando o que se tem é pouco ou nada, sair da encruzilhada escura e fria, reconhecer a estrada, qualquer lugar mesmo sem saber que se arrependerá ou não. Dores virão de manha cedo te cutucar, assoprar sua manhã sem menos esperar. É inexprimível, não posso viver sem mim mesmo sem querer sou a própria companhia da alma.


(Celso Andrade)

quarta-feira, 22 de junho de 2011


- Eu queria ter ficado
- Eu queria ter dado tchau
- Me faça uma despedida
- O que eu fiz?
- Preferiu o silêncio
- Você partiu sem despedida
- Não houve fim apenas começo.


(Celso Andrade)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Oculta e áspera so-lidã-o


Sozinho em espécie, me excedo em silêncio, de mim já não sei, não me procuro mais, não me encontrei em canto algum, dizem que estamos com Deus. Avisaram que da própria companhia nos restará dias em que estarei comigo mesmo, mas não lembraram o "definitivamente abandonado".


Celso Andrade

quinta-feira, 2 de junho de 2011


Hoje é domingo e tenho medo do "nunca mais", não tenho espírito para saídas, conversas, telefonemas(meu celular daqui uns dias para por inutilidade), sem espírito para aquitetar encontros, excluir pessoas do meu círculo, caminhar, olhar sem extrair. Tentarei ser mais breve no abraço, mais curto na despedida, mais rápido na saída, tentarei a mudança de código, a distância será prolongada, quando topar comigo na rua serei outro, não ouse repetir esse nome, não lhe ponha outra face além dessa serena e imutável.


(Celso Andrade)

quarta-feira, 1 de junho de 2011


Será?
Porque tudo que amo
é imoral
é ilegal
é clandestino meu coração.

É meu destino feito tatuagem
aprender a ser só
a não caminhar pelo limite
não reclamar ausências.

Pois é com ela
que me afogo todo dia.


(Celso Andrade)