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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Fluídos de uma mente inspirada



Não é para os amantes os dias sombrios,
nem as plumas da noite que o elevam,
há os dias guardados de solidão e amor
que se reserva debaixo da cama onde é
sempre dia, onde há campos floridos debaixo
do vestido daquelas que o entram.

Não há sossego para os que tentam
entender seus corações de assombro e
rebeldia, onde seu mundo de sedução
os mantém preso entre sorrisos, dinheiro
e luxúria, pronunciando a mentira
dos lábios beijados na sua própria boca.

A sua única verdade vivida, é a mentirosa
que possui sua mente, seus dias ocos pelas ruas
ouvindo seu silêncio, tentando esquecer o passado
os fantasmas do coração, os sentimentos que assombram
seus dias pairando folhas onde rabisco lágrima,
sorrisos, abraços deixados para trás, enfeito letras
mudando a paisagem de um papel que é oco, vazio
e assombrosamente branco de tanta verdade, porém
fantasioso, nela faço o meu mundo.


(Celso Andrade)

domingo, 25 de abril de 2010



Vou caminhado pela estrada da vida, com alguns silêncios, alguns ardores, onde nenhum ócio é mais pesado, nenhuma vida é mais dilacerante, por trilhas tortas, deformadas ando sem sinal do amor observo passarem os dias e as noites, procurando matar a tal sede daqueles não se encontraram e não encontram seu canto onde encostar a cabeça ao ombro, sentar no solo, pegar na mão, e dá um beijo ao deitar, por essas e outras coisas não desisto da vida, que sua caminhada não seja tediosa nem confusa, quero ter a certeza ao olhar nos olhos ao aperto da mão de quem decidir compartilhar seu mundo ao meu.


(Celso Andrade)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Meu coração? Um campo minado


à todos que um dia o amor bateu na sua porta e não escultaram seu singelo chamar.

Após tantas devaneios da personalidade e mudança de comportamento caio dentro de mim mesmo, avisto um cemitério de amores não correspondidos, amores desfeitos por conversas muda que foram contada na vizinhança, amores que apaguei da agenda o telefone, amores que sepultei com dor e desprezo, lançados ribanceira abaixo por silêncio e abandono, amores que esfriaram após a primeira transa, após a recusa da companhia à porta de casa, amores que fingi não reconhecer ao passar na rua, amores que menti a idade para parecer importante e maduro, alguma conversa cortada ao telefone, alguma carta rasgada, algum email deletado, dentro de mim guardo em silêncio todos esses cadáveres que ainda permanecem vivos carnalmente, porém sepultados dentro de mim, porque não dei chance, não percebi a oportunidade, deixei que o ego falasse mais alto que eu, indiferente permaneço com esses sentimentos amontoados onde um dia serei... solidão e tristeza numa varanda onde serei observado pelos corações onde passei e pelos amores que sepultei com minha personalidade fraca e depravada, porque o amor não manda bilhetes.


(Celso Andrade)

terça-feira, 20 de abril de 2010

Respeite o poeta que mora dentro dele mesmo.

Não engane o poeta,
ele te deixará confuso quando disser que:

nunca amou, apenas sentiu o amor

Nunca abandone o poeta,
pois ele dirá que:

o que não durou era pra ser só momento
e que viveu tudo que tinha pra viver
ao seu lado.

Ame o poeta e ele te encobrirá de afeto,
caso contrário estará preso em suas palavras
mesmo depois de sepultado o sentimento.


(Celso Andrade)

Racionalizando afetos


Caio no poço outra vez,
depois.. ressurjo das cinzas
de algo quem um dia chamei afeto,
repasso os olhos onde
só houve sentimento
saio do poço pela "razão"
que não usei antes da queda
tento me afirmar na
lucidez da solidão natural,
de todas que obtive sucesso
dessa vez saio menos ferido
menos machucado da queda
a qual eventualmente cairei
se não souber consumir razão
na mesma medida a afetividade,
menos sôfrego e nunca amando menos
outra vez volto
a primeira palavra dita
o primeiro beijo com sucesso
o último abraço sem êxito
a entrega iludida a qual não percebi
e lá me encontrava
onde não era mais possível reparar
com toda audácia que permiti cair no poço
surjo renovado e menos humano,

volto a ser Eu novamente.


(Celso Andrade)

Fugaz


Todo silêncio foi covardia
todas as partidas foram mentira
toda vida maquinada
escondendo-se de sentimentos alheios,
morrem sem amar
vive sem viver.


(Celso Andrade)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Entre poços e estrelas


A partida é sempre dolorosa, poderíamos pular essa parte, era impossível esquecer como pegávamos na mão, quando seu olhar fitava o meu , nossas bocas entreabertas descobrindo o mais claro sentimento humano, a incompletude no outro, a ausência que antes doía era esquecida com abraços e amassos, lá estava eu... inteiro, dentro do bonito que era ser correspondido, e eu era, sou todo o amor que posso.


(Celso Andrade)

sexta-feira, 16 de abril de 2010


Um dia você descobre que todas as suas convenções sobre o amor, felicidade, a idealização do parceiro ideal, vão por água abaixo quando você descobre que precisava apenas de sentimentos e que relacionamento não é um acordo comercial, e exigências físicas ficam na juventude, e precise apenas de um belo sorriso ao dormir.


à todos que tiveram relações fracassadas pela falta de Maturidade.


(Celso Andrade)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

É tempo de menas palavras,
menos passado
viver menos apressado
Amar esquecendo que esta se amando
sem mais esperança
sem menos confiança.

É dia de menos "adeus"
tentar não querer saber de amanhã
nem projetar-se no outro
saquear corações
saqueando emoções.


(Celso Andrade)

sábado, 10 de abril de 2010

Menina morena

Quanto a vida é besta te deixar ai assim nesse canto
perdendo esse sorriso,
esse encanto que tanto encanta os que ainda estão sóbrios,
menina morena, estou de birra com a vida,
não podemos surfar porque o mar hoje amanheceu quieto
sem ondas, triste sem você morena
hoje não saio de casa,
não canto, não falo,
peço apenas que Deus nos olhe e que seu olhar nos renove.

à Brunna Fachel


(Celso Andrade)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Fotografia

Desfaço-me da última coisa que sobrou
do meu casamento com Cristina

uma xícara de café ao lado,
uma rosa despetalando murcha no canto,
chuva la fora e dentro de mim,
o dia ficou registrado na memória

cafeína, lágrima e chuva
no dia da sua partida meus olhos
só registraram isso e você indo embora.


(Celso Andrade)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Faces do caminho


Não se culpe por nada,
a vida é feita de idas e vindas,
um dia se chega antes, outro depois
um dia sabe da noticia por alguém
outro nós mesmo caminharemos
até a fatalidade,
Eu sei que nesses desencontros
acabei me fixando na esperança,
no bom lado das coisas,
não chego antes nem atrasado
escolhi morar no caminho,
deparo-me sempre com o amor
numa dessas esquinas da vida.

à minha querida Magda...


(Celso Andrade)

Movimento interior



Hoje só necessito do sorriso
Coisa que me acalente,
saio em busca da companhia,
as vezes é preciso de ombro

Hoje eu perdou o mundo
porque é preciso sentir-se alegre
um instante,
cortar ardores, horrores interno.

Acho mesmo que preciso de dinamismo
que a monotonia da vida não me faça
mais razão e menos coração
É preciso senti-la em cada estágio.



(Celso Andrade)

Fragmento do poço


Meu corpo é fraco, o amor supera qualquer brreira, não adianta me fechar quando ele quiser invadir, só saberei o que aconteceu depois que acabar.

Celso Andrade

domingo, 4 de abril de 2010

Pensamento do Poço


O sentimento de Culpa e Arrependimento é o limite das nossas atitudes.


Celso Andrade