Páginas

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O palhaço das palavras


Se escrever fosse coisa séria,
eu estaria amando.
Se escrever fosse coisa séria,
não falariam tento em sentimento.
Se amar fosse coisa séria,
não existiriam tantos poetas,
tristes, alegre e palhaços fazendo caretas.
Se eu fosse uma pessoa séria,
nunca falaria mal do amor
nem do afeto, por isso escrevo
para redimir-me do mal
que falo em meus poemas
esses meus dilemas.
Se poetas fossem...
bem amados, bem entendidos,
não teriam ficado escondidos
entrelinhas.
Poeta é o palhaço das palavras,
o papel é o picadeiro e a caneta
é o sorriso do palhaço que disfarça
toda falta, e toda tristeza escondida
em baixo da maquiagem consoladora.


Celso Andrade.

Pegando fogo...

De uns tempos pra cá
meu íntimo vive fervendo,
é uma febre que borbulha
a mais de cem graus,
tenho pedido socorro para todos os lados
ainda não fui escutado,
tenho medo de morrer queimado
por essa febre que me consome
e me envolve por essa quentura
que vem subindo pelo dedo do pé
até arrepiar-me os cabelos,
pensavas que teria uma parada cardíaca,
pois quando o fogo que me quer consumir
me invade, e até o coração dispara.
Ando com borboletas no estômago também,
a diferença é que sinto que algo novo vem vindo
ou talvez alguma mudança afetiva,
são sempre pertubardor e nostálgico
esses sentimentos...
porém gosto de sentir e parecer
adolescente apaixonado.
De uns tempos pra cá...
ando descobrindo que posso amar outra vez.

Celso Andrade.




terça-feira, 20 de outubro de 2009




Fix You(Coldplay)

When you try your best, but you don't succeed,
When you get what you want, but not what you need,
When you feel so tired, but you can't sleep
Stuck in reverse
And the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone, but it goes to waste
Could it be worse?
Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try, to fix you
And high up above or down below
When you're too in love to let it go
But if you never try, you'll never know
Just what you're worth.
Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try, to fix you.
Tears stream down your face,
When you lose something you cannot replace
Tears stream down your face
And I...
Tears stream down your face
I promise you I will learn from my mistakes
Tears stream down your face
And I...
Lights will guide to home
And I will try to fix you


Como dizia a minha avó as vezes nós esperamos para ver e acabamos "vendo demais", porque existe algo em nós chamado " esperança", desde a infância somos acompanhado por essa criatura sem face , e que está estampada na face de todos que nascerem, com fome, em berço de ouro, numa favela do rio, ou apartamento em Nova York, ele faz com que nossos corações palpite até na mais remota das situações de perigo ou angustia.

Celso Andrade

domingo, 18 de outubro de 2009


Quanto mais conheço pessoas,
mais tenho medo do meu intimo,
é o único afetado!

Celso Andrade.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009



Sinto as vezes que dentro de mim
habita um cão faminto, voraz e sedento
vive latindo pra onde pergunto-me sempre
sem repostas o tenho levado assim
sem identificação no mais profundo de mim vive,
não tem rumo, nem direção,
às vezes ele parece querer sair,
outras fica tão quieto que acabo sentindo falta
do ardor que deixa em mim.

Celso Andrade.

domingo, 11 de outubro de 2009

Você e você mesmo


Não importa a idade que tens, hoje na lucidez dos meus vinte anos posso dizer convicto: estará sempre só, você e você mesmo!, não importa tua idade, crença, fama, poder aquisitivo, nasceu só e morrerás só, os teus amigos o deixarão quando não tiveres mais a oferecer o que usam de ti, talvez você nem saiba disso, ou talvez morra sem saber, amigos, pessoas e conhecidos vão e vem, uns permanecerão ao nosso lado(que são pouquíssimos)outros terão que partir porque a vida acabou para eles, ás vezes pergunto porque emudecem para nós, porque não nos quer mais como companheiro, em meio a pesadelos acordamos atônitos e deparamos com nosso eu mais profundo, estarás só nessa hora, ainda que tenhas outra cama a deitar e alguém para abraçar-lhe, o sonho é teu? o pesadelo também foi teu?nasceu só e morrerás contigo mesmo, no mais intimo ou mais frívolo dos seres humanos, terás que viver de qualquer jeito -se quiseres-, essa pode ser uma escolha terrível para uns, nem tanto para outros(porque nascem de olhos fechados e morrem de olhos fechados para Deus, para o próximo, para o afeto!),se perdeu alguém não por escolha própria não lamente, virá outra melhor ou pior no lugar, porém se tens alguém que compartilhar e tenta dividir seus momentos de felicidades, conserve-a!Essa poderá ser uma das pouquíssimas pessoas que te acompanharás até o final.

Não corra dos momentos tristes em que se encontrar, viva-os! certamente precisarás futuramente, o passado é o espelho do futuro, enxergará se quiser, assim a vida não será só surpresa , dor ou frustração(com as pessoas ou situações)e sim uma válvula de escape qual precisarás sempre.



Celso Andrade

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Espaço solitário

Sinto-me vazio
como uma árvore desfolhada,
como um poço sem lama.
Cheiro de jasmim solto no ar,
embebecendo-me de uma água
que jogam me sempre...
quando lembram que existo.
Preso a terra vivo, grudado em algo
que não enxergo,
desse ego cresci,
e dele cego morrerei.

Celso Andrade.

Vago entre letras

Perco-me em meio as palavras
Confundo-me entre versos
Meu olhar é mais profundo,
que um poema solto no mundo.
Minha face é mais leve,
que um estrofe solta no ar.
Meus pés preso ao chão
Faz-me nunca dizer não
a tal de tranquilidade,
e prefere sempre
a voracidade escondida
na inspiração,
dar lugar a tal de felicidade.

Celso Andrade.

domingo, 4 de outubro de 2009



Fomos possuído por uma espécie de "felicidade inesperada", é isso... talvez essas sejam as palavras que preciso para explicar a matança daquela sede afetiva, que crescia ainda mais enquanto avançavam os segundos, cada hora vividas juntos, uma espécie de força cósmica vinda não sei de onde, talvez de uma galáxia chamada alma humana, nos envia naquele momento só nosso, beijos insaciáveis por bocas famintas de paixão humana, carnal, intimamente marcados por um encontro casual, que estará guardado em nossas memórias mais profundas, pois naquele momento, estavas no que chamamos de profundo conhecimento da intimidade um do outro, como tudo tem seu tempo, o nosso também foi encerrado, e aquela magia cósmica ficou em nossas memória mais sacana, luxuriamente terminamos aquele momento com um thau bem sedutor, como um convite para um próximo envolvimento corpóreo, puramente um "assassino moralista".


Celso Andrade.