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quarta-feira, 19 de agosto de 2009


Profundo como poço que estás jogado
é o meu olhar,
sem palavras que possam atrapalhar-me,
atravesso-te fixo em meus negros olhos,
com toda incompreensão que você é capaz
faço-te ir ao mais obscuro
das minhas pupilas,
dilatadas para enxergar
o teu vazio e mudo olhar
de solidão.. e esperança...
camuflada,
em teus claros olhos
sedentos, sem lágrimas,
tão seco quanto o deserto
onde caminhavas antes de nos conhecer,
e que a mão que te tapas a visão
seja lançada fora,
porque a impede que você veja
meus claros afetos.

Celso Andrade.

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