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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Para os sabores da vivência

Sempre há um re-início, mesmo que não se queira prosseguir, a vida segue em frente. Quão é vão rejeitar o passado, quão é vão destruir o que foi belo e bom, porque se esconder onde já não se pode viver se um dia nos mostramos inteiros, se um dia demos tudo que pudemos mesmo que fantasiosamente éramos nós esse mesmo que pode ou não mudar. Como é tola a ideia do fingimento, de tentar esquecer para então reunir forças para se viver melhor num futuro incerto -quem sabe pior que o passado rejeitado, pensamentos inúteis que ainda assim cultivamos, pela doce fantasia dos filmes, pelo amanhã inesperado, talvez doce, entretanto, sempre incerto. Desfrutarei de tudo que já vivi, se puder repetirei com mais intensidade, darei a mais alta risada, beijarei com menos pudor, olharei sem receito os que encontrar pelo caminho, porque ter medo é como andar por uma linha invisível.


(Celso Andrade)

3 comentários:

Bibiana. disse...

o medo é injusto, é uma placa bem grande dizendo NÃO!

bom é deixá-lo de canto

Cristiano Contreiras disse...

Intenso e reflexivo sua escrita, interessante a maneira como se expressa e providencia seus textos. abs

Priscila Rôde disse...

O medo as vezes me ajuda. Meus olhos ficam atentos!
O exagero é que me cega!