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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Pequenos abandonos..


E depois que você se reduz a apenas uma mesa de bar solitária com amigos, dias inteiros em casa quem sabe, livro na mão para não sofrer um acidente fatal de tanto ócio, você não liga ou tem vontade de esperar na porta de casa ao chegar do trabalho, mais depois que você se reduz a algumas palavras como: Sou fraco por precisar da compreensão do outro, do abraço do outro, do outro tudo que já tornou prisioneiro dos pequenos detalhes, como: a mesma marca do carro, o restaurante frequentado. E sabe essa coisa de tempo que todo mundo fala, que vai passar e o cara lho.. não passa! Não muda! você se esforça para esquecer, vira psicólogo do próprio coração, e esse tempo pode ser uma vida inteira, já que não se sabe nunca quanto tempo os detalhes não mais te matarão dias a fora.
Tudo que preciso é te matar dentro de mim.


(Celso Andrade)