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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Eu queria ser só um sonho, uma flor que passa despercebida no canteiro, numa esquina ou estrada. Eles não se contentam com  demanda, eles oferecem muito, acham muito eu com tão pouco que levo adiante me certifico que só o sol e a água, o cheio da terra em dias nublados servirão para acalmar o ócio. O ácio ocioso de contar os minutos que atravessam a minha pele seca, de tantos sóis e chuvas, poeiras da demanda, da correria. Já  me fizeram cópia plastificada, fotografia em cores, e não conseguiram cheiro, nem chegaram perto da essência, eles passam todos os dias, os dias simplesmente passam. Eu balanço, me mecho de um canto a outro.pareço fixa, florzinha de canteiro, que não dorme porque a lua me vigia, e então saío dama da noite pelas passagens e brechas da vida.



Celso Andrade

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