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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A Claricear



O que importa as palavras que disse Clarice
no seu mais recôndito ser afetuoso e verdadeiro,
se eu já não existo dentro de mim, porém em seus livros?
Viverei apenas á margem do meu ser menos recôndito:
o corpo, e sentirei o que disse Lispector no seu
intimo confuso de tanta certeza armazenada
em um corpo de cabelos loiros, olhos puxados, e
voz sonambular acinzentada num corpo frágil,
de todas vidas que não deu tempo de viver e descrever.

Celso Andrade

2 comentários:

Felicidade Clandestina disse...

sem palavras.


essa mocinha aí, é de um filme lindo!


Orgulho e Preconceito!

assista quando puder.

Celso Andrade disse...

troquei a imagem do filme por essa aí da própria Clarice.