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sábado, 12 de dezembro de 2009

Bilhete da tolerância I


Eu ouvi tudo em silêncio,
eu vivi em silêncio,
fui esfaqueado por palavras,
e exorcizado por atitudes
engoli cada frase que vinha-me a mente
e nunca era pronunciada,
pisei em cacos de afrontas,
e no silêncio estava minha alma
mergulhada na comiseração humana
presa no hospício da caridade,
e solta no ódio sem causa.

Celso Andrade

Um comentário:

J. disse...

nossa... senti um aperto no peito ao ler este poema.