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terça-feira, 15 de junho de 2010

Para o deslumbramento
















A minha alegria é furtiva como a de uma criança
que após o brinquedo acaba-se o festejo
Mais nela também cabe o sol
que amanhece em susto com medo.

A minha alegria não depende de ninguém
É balsamo cantante na alvorada
É lírio lapidado entre gotas de orvalho,
da recém manhã chegada.

A minha alegria ri com os lábios da insanidade
É festiva como poemas nascido em versos prontos
nos dedos da simplicidade.

É de estima para o mundo se a minha alegria é orgulhosa
Écomo ter o grito contido em meio a agonia,
e estar entre os homens que a nomeia fantasiosa.

Levanta-se em guerra e gritos de fome
Ó alma minha que padece em sentir alegria,
em reflexo do mundo que nos consome.



(Celso Andrade)


2 comentários:

Guilherme Navarro disse...

"Lírio lapidado entre gotas de orvalho"... Que imagem bela. Mais um excelente espécime, parabéns.

♪ Sil disse...

Meu menino querido, que belo isso.
A alegria (Que cada um tem lá seu modo de sentir e entender), tem mesmo essa face.
Mas tem algo certissimo escrito acima:
A alegria não depende de ninguem!

Um abraço forte!!!