Páginas

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Sobre mim

 
Não queiras saber quem sou
Sei que vivo o instante
Como o amor que esvai
do coração de um amante.

Não me perguntes aonde vou
Pois sou a triste vaidade cantante,
Repudiada por Deus
E pelo pavor de quem me gerou.

É sempre a mesma agonia correndo pelos
espaços em branco do que fui um dia
servindo ao pecado mundano
Sobrou-me o nada do amor que me servia
Em farelo e migalhas dado aos pobres
Fazendo-me nobre.

Paixão para que?
Se um dia ela entrou, gritou e implorou.
cedi a única coisa que me restara,
devastou-me em versos tristes
em nada pela madrugada fria.

Como posso reagir se não sei quem sou
Tenho o passado confrontando-se com o esplendor
dos sonhos,
E amo só o que cativo, pelo grito dou.


(Celso Andrade)

8 comentários:

Unknown disse...

"Como posso reagir se não sei quem sou
Tenho o passado confrontando-se com o esplendor..."

Oi, Celso.
Eu gostei muito do seu blog, e talvez eu venha aqui também para agradecer a visita e ainda para ameninar a curiosidade da onde vc encontrou o meu blog, seria de uma comunidade no ORKUT? Bom! O importante é que vc passou por lá e deixou um registro. Por aqui eu faço o mesmo.

Seja bem-vindo. E continue...

Renata de Aragão Lopes disse...

Musical...

Um abraço,
doce de lira

O Neto do Herculano disse...

Biografia em versos,
mas nem todos compreendem.

Rafaela Ventura disse...

'É sempre a mesma agonia correndo pelos
espaços em branco do que fui um dia'

Não tem jeito, a gente tenta, os cientistas tentam, mas ninguem consegue desvendar esse mistério do eu...

Obrigada pela visita, a casa é sua.

Marcos de Sousa disse...

Lindo poema.

Profundos versos sobre a sua pessoa. Mistérios da alma e do coração. Quem os entenderá?

Tati Lemos disse...

que legal, o jeito que descreves tu mesmo*


Beijos*

Franciéle Romero Machado disse...

Meus sinceros Parabéns a sua poesia,podem até ser versos tristes, mas que elevam o coração, que falam de emoções, desse esplendor, do amor! =D

Abraços e uma Boa Noite!

Felicidade Clandestina disse...

que coisa! li o poema de baixo para cima rs.

tô com saudadeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!