Não queiras saber quem sou
Sei que vivo o instante
Como o amor que esvai
do coração de um amante.
Não me perguntes aonde vou
Pois sou a triste vaidade cantante,
Repudiada por Deus
E pelo pavor de quem me gerou.
É sempre a mesma agonia correndo pelos
espaços em branco do que fui um dia
servindo ao pecado mundano
Sobrou-me o nada do amor que me servia
Em farelo e migalhas dado aos pobres
Fazendo-me nobre.
Paixão para que?
Se um dia ela entrou, gritou e implorou.
cedi a única coisa que me restara,
devastou-me em versos tristes
em nada pela madrugada fria.
Como posso reagir se não sei quem sou
Tenho o passado confrontando-se com o esplendor
dos sonhos,
E amo só o que cativo, pelo grito dou.
(Celso Andrade)
8 comentários:
"Como posso reagir se não sei quem sou
Tenho o passado confrontando-se com o esplendor..."
Oi, Celso.
Eu gostei muito do seu blog, e talvez eu venha aqui também para agradecer a visita e ainda para ameninar a curiosidade da onde vc encontrou o meu blog, seria de uma comunidade no ORKUT? Bom! O importante é que vc passou por lá e deixou um registro. Por aqui eu faço o mesmo.
Seja bem-vindo. E continue...
Musical...
Um abraço,
doce de lira
Biografia em versos,
mas nem todos compreendem.
'É sempre a mesma agonia correndo pelos
espaços em branco do que fui um dia'
Não tem jeito, a gente tenta, os cientistas tentam, mas ninguem consegue desvendar esse mistério do eu...
Obrigada pela visita, a casa é sua.
Lindo poema.
Profundos versos sobre a sua pessoa. Mistérios da alma e do coração. Quem os entenderá?
que legal, o jeito que descreves tu mesmo*
Beijos*
Meus sinceros Parabéns a sua poesia,podem até ser versos tristes, mas que elevam o coração, que falam de emoções, desse esplendor, do amor! =D
Abraços e uma Boa Noite!
que coisa! li o poema de baixo para cima rs.
tô com saudadeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!
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