Que meus amigos entendam quando não posso estar ao lado, e precisar sempre ser eu, mesmo que não queira sendo alegre quando estiver bem e angustiado quando o luto for necessário.
Que o meu silêncio transpasse a barreira dentro de casa e todos possam compreender que preciso mesmo que frequentemente ou remotas vezes do meu canto.
Que o meu amor entenda que as partidas não são para sempre e que se pode viver mesmo estando só.
Não que eu seja um tipo egoísta demais, é que tenho sempre a impressão de não ser eu quando preciso, de não estar cumprindo o meu papel com a minha afetividade.
Que a minha família não seja demasiada tola se aos quarenta eu ainda não tiver filhos, nem uma pessoa ao meu lado, e nem pergunte sobre minha sexualidade, porque o nunca fiz com outrem.
Que não fiquem alegres por estar em uma profissão promissora, e ocultamente infeliz.
Que não riem de mim por cantar pela janela aos domingos imitando os pássaros, nem me chamem de louco quando madrugar escrevendo um conto que precisa ser finalizado.
E mesmo que nada disso acontecer ou algumas delas derem certo, faz-me louco perante os que se julgam sábios para só então entender seus devaneios.
(Celso Andrade)
4 comentários:
AMÉM!
"Que meus amigos entendam quando não posso estar ao lado, e precisar sempre ser eu, mesmo que não queira sendo alegre quando estiver bem e angustiado quando o luto for necessário."
Me identifiquei demais.
Belas palavras? As tuas são de fato! Parabéns!
Beijo :*
Que lindooooooooooooooooooo!!
Amém mil vezes, meu querido.
Eu te gosto tantoooo Celsinho, já te disse isso?
Beijooooooooo
faço coro à sua oração.
beijos
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