Sinto a natureza fortemente furiosa
sinto meus passos marcarem o caminho
sinto o chão.
Eu vejo o trivial fazendo-se grande
eu vejo a fome dos corpos
a sede dos olhares
arremessados contra o que um dia chamei
minha-afetividade.
Mais o mundo é grande e não cabe em uma vida
então explorá-lo é a minha tarefa.
Eu tenho sede
eu tenho o mundo
eu sou o nada
eu sou o que baterá a sua porta
e irá embora antes de saberes de onde venho.
Eu sou a figura cantante na estrada,
Sou o que restara de um amor selvagem.
(Celso Andrade)
5 comentários:
Alexander Supertramp... muito bom verso e imagem.
"Há um prazer nas florestas desconhecidas;
Um entusiasmo na costa solitária;
Uma sociedade onde ninguém penetra;
Pelo mar profundo e música em seu rugir;
Amo não menos o homem, mas mais a natureza."
.
.
passe no Reino.
vai gostar do texto :) postei pensando em ti.
besos.
"Sou o que restara de um amor selvagem."
Sem palavras! É exatamente assim que me sinto.
Muito lindo!
Beijos :*
Selinho pra você no meu blog. Beijo!
Fabuloso.
Adorável, Celso!
beijos
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