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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sinto a natureza fortemente furiosa
sinto meus passos marcarem o caminho
sinto o chão.

Eu vejo o trivial fazendo-se grande
eu vejo a fome dos corpos
a sede dos olhares
arremessados contra o que um dia chamei
minha-afetividade.

Mais o mundo é grande e não cabe em uma vida
então explorá-lo é a minha tarefa.

Eu tenho sede
eu tenho o mundo
eu sou o nada
eu sou o que baterá a sua porta
e irá embora antes de saberes de onde venho.

Eu sou a figura cantante na estrada,
Sou o que restara de um amor selvagem.


(Celso Andrade)

5 comentários:

Felicidade Clandestina disse...

Alexander Supertramp... muito bom verso e imagem.

"Há um prazer nas florestas desconhecidas;
Um entusiasmo na costa solitária;
Uma sociedade onde ninguém penetra;
Pelo mar profundo e música em seu rugir;
Amo não menos o homem, mas mais a natureza."




.
.


passe no Reino.
vai gostar do texto :) postei pensando em ti.


besos.

Débora Rodrigues disse...

"Sou o que restara de um amor selvagem."
Sem palavras! É exatamente assim que me sinto.
Muito lindo!

Beijos :*

Débora Rodrigues disse...

Selinho pra você no meu blog. Beijo!

Daniela Filipini disse...

Fabuloso.

Ana Tereza Nuvem disse...

Adorável, Celso!

beijos