
Levantar na ponta do pé que é pra não te acordar
escutando os susurros na cama me chamarem
espio pela sombra do quarto seus contornos ao deitar
aqui só sombra, lá fora vambora que é pra te esquentar
então me curvo lentamente sobre tua orelha e te beijo o pescoço
lentamente passeio pela casa quieta e espio o movimento
do vento brincar de cocegas o lençol balançar.
Pisas o chão frio da manhã onde estamos unidos pela insensatez
na mesma cumplicidade do anoitecer
onde senti teus lábios me tocarem pela primeira vez.
(Celso Andrade)
Um comentário:
belissimo texto!
Parabens
beijos
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