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sábado, 5 de junho de 2010

Desatino matinal



Toda manhã desperto outro "eu"
outro "pessoa" entra em cena sempre que acordo
viro um estranho nas primeiras horas do dia
não sei se tenho mulher, filhos, mãe ou amigos
reestabeleço meus laços, gostos e preferência
Sonhar consome bastante minha dose baixa de humanidade
a ponto de perder o equilíbrio afetivo.


(Celso Andrade)

3 comentários:

gorettiguerreira disse...

Sim, seu texto sempre nos toca e nos faz conhecer melhor esse mestre do pensar que é vc Celso.
Bjs Goretti

Pequena Poetiza disse...

e todo dias somos outros mesmo
e que saibamos sonhar acordados
sem sermos piegas... ou que ás vezes nos deixemos ser um pouco sim
que mal há?

beijos

Pedro disse...

é um reset permanente :)