
Chegou bem de mansinho, sentou ao me lado disse meia dúzia de palavras depois calou-se, sorri de canto -como quem não quer espantar um passarinho, pensei nas oportunidades oferecidas nos caminhos propostos mas nenhum deles foram realizados, pelo contrário enroscaram-se na sua própria gambiarra, deixei que o silêncio resolvesse aquele-mudo-encontro no qual sempre estivemos preso, aquela meia dúzia de palavras trocadas aquele copo de cerveja quente ao lado, carregava um olhar de quem não tem mais o que perder tinha a expressão de alguém que não espera nenhuma saída entre caminhos esgotados, num movimento brusco de quem parte e não olha para trás, dei adeus dentro de mim, parti na mesma jornada que sempre estive sozinho.
(Celso Andrade)
4 comentários:
Fato rotineiro visto de um ângulo bastante profundo. Muito legal!
E a vida segue,regada a poesia.Celso vi seu Blog no blog da 'Sil',e adorei encontrar alguém da Bahia por aqui.Tô seguindo =] Grande abraço!
Menino Celso
Ainda bem que ser sozinho é um ESTAR, e não um SER.
Te recebo com carinho.
me veio na hora aquela nossa conversa. me fez tão bem.
a conversa.
e o verso seu.
um beijo meu querido.
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