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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Oportunidades. Cuidado a quem oferece-as.



Chegou bem de mansinho, sentou ao me lado disse meia dúzia de palavras depois calou-se, sorri de canto -como quem não quer espantar um passarinho, pensei nas oportunidades oferecidas nos caminhos propostos mas nenhum deles foram realizados, pelo contrário enroscaram-se na sua própria gambiarra, deixei que o silêncio resolvesse aquele-mudo-encontro no qual sempre estivemos preso, aquela meia dúzia de palavras trocadas aquele copo de cerveja quente ao lado, carregava um olhar de quem não tem mais o que perder tinha a expressão de alguém que não espera nenhuma saída entre caminhos esgotados, num movimento brusco de quem parte e não olha para trás, dei adeus dentro de mim, parti na mesma jornada que sempre estive sozinho.


(Celso Andrade)

4 comentários:

Guilherme Navarro disse...

Fato rotineiro visto de um ângulo bastante profundo. Muito legal!

Deise Barreto disse...

E a vida segue,regada a poesia.Celso vi seu Blog no blog da 'Sil',e adorei encontrar alguém da Bahia por aqui.Tô seguindo =] Grande abraço!

lídia martins disse...

Menino Celso


Ainda bem que ser sozinho é um ESTAR, e não um SER.


Te recebo com carinho.

Nina disse...

me veio na hora aquela nossa conversa. me fez tão bem.

a conversa.
e o verso seu.


um beijo meu querido.