O que não umidece,
o que que não amadurece
o que nem ainda é chuva e amanhece num vão,
num porão escancarado para o dentro sentir brotar
do chão, da mão, dos nãos que a vida ainda nos dá.
Dos deuses na esquina mirar, esquecer, gargalhar
os tropeços, ócios e ofícios do viver
de se manter vivo, sóbrio dessa palhaçada de amor
não se pode vacilar, tropeçar jamais.
Cante, quando jamais não poder esqueça,
veja, aqueça as mão na lareira e volte,
retorne a luta enquanto sangue ainda houver
bata, peça, jamais implore.
Nunca impeça de alguém chegar, pular, sorrir
beijar, só não se deixe esmagar, ameaçar,
até arrebentar-se do medo de perder.
(Celso Andrade)
4 comentários:
Lindo espaço!
Feliz ano novo pra ti, e que seus desejos sejam sempre reais e eternos em seus dias...adorei seu espaço.
Passa lá em casa,rs:
http://passossilenciosos.blogspot.com
Te espero por lá!
Bjos no coração e parabens... este cantinho agora esta entre os meus preferidos.
arrebentr-se do medo de perder... esse sim deve ser um cuidado para uma vida toda. Belissimo escrito.
já sigo seu blog faz algum tempo..seguindo-te..gosto muito..abaraço..
nunca deixe que lhe digam que não vale à pena acreditar no sonho que se tem...
r.russo.
um ano novo cheio de escritas para nós!
abraços.
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