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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Bilhete da tolerância II


Espero a aura do dia que virá,
não do hoje apenas "vivido",
mais de um amanhã perspicaz,
não da moça que esconde
a bolsa do neguinho que passa
nem do mendigo que pede-me esmola,
quero a aura e a liberdade dos pássaros,
não da vizinha indiferente
nem do amigo fugidio de sempre,
desejo a fugacidade do vento
que os levam a outros bosques encontrar,
a brisa do mar que no cais
faz frio é lá que vou buscar.

Celso Andrade

2 comentários:

Ayanne Christine Vieira disse...

Essa fugacidade toda é a que passo os meus dias a buscar!!!

São muito belos os seus poemas =)

Unknown disse...

Concordo com a Ya! Também passo a buscá-la, rsrsrs.